A Suíte Lírica de Alban Berg para Quarteto de Cordas há muito é aclamada como uma das obras-primas da música do século XX. Mas, por décadas, poucos suspeitaram que por trás dessa música poderosa existe um segredo explosivo. Em 1925, Berg, um mulherengo habitual, apaixonou-se perdidamente por Hanna Fuchs-Robettin, uma mulher casada que vivia em Praga. Logo depois, Berg compôs a Lyrical Suite for String Quartet, que pretendia ser um retrato musical explícito de seu caso de amor com Hanna. Berg explicou o significado secreto da música em uma cópia codificada por cores da partitura que ele anotou para Hanna, deixando claro que os principais eventos de seu romance são vividamente dramatizados na peça. Mas para o resto do mundo, incluindo sua esposa, Helene, Berg apresentou a peça como ele queria que ela fosse vista: uma peça puramente abstrata de música de câmara. Um dos segredos da obra é que seu último movimento foi originalmente concebido como uma canção sobre um amor condenado, baseado em um poema de Baudelaire.
